Não percam essa magnífica LIVE sobre a Restauração do Museu do Ipiranga, os desafios, as curiosidades desse grande símbolo de São Paulo.
Acesse pelo canais:
https://www.youtube.com/abjica
https://www.facebook.com/abjicasp
Contamos com a sua presença.
No boletim SBS-DIA-A-DIA, de 28/11, onde no seu final foram reproduzidos tópicos sobre pinho de Riga e madeira de palmeira juçara referidos pela Profa.Rosaria Ono, Diretora do Museu do Ipiranga nesta live. Abaixo, segue o texto do tópico citado.
Boletim Rede SBS Dia a Dia – 28.11.2022 |
Atualidades: Pinho de riga e palmeira juçara no Museu do Ipiranga
A reabertura do Museu Paulista em 07/09/2022, mais conhecido como Museu do Ipiranga e sob a administração da Universidade de São Paulo (USP), pode ser considerada como o principal evento comemorativo do bicentenário da Independência do Brasil. Fechado para o público desde 2013, esse Museu passou por uma reforma completa, desde a estrutura e ampliação do prédio, até a atualização das suas técnicas expositivas. À frente dessa complexa obra esteve como Diretora do Museu, a Arquiteta Rosária Ono, Professora Titular da FAU/USP. Na última quarta-feira, 23/11, a Associação dos Bolsistas da JICA-São Paulo (ABJICA), que congrega bolsistas da Japan International Cooperation Agency (JICA), promoveu uma live com a Profa. Rosária, também ex-bolsista da JICA. Durante esse evento ela revelou alguns fatos curiosos a respeito do Museu que foi inaugurado em 1893, dentre os quais os seguintes: 1. todas as portas e janelas do Museu, num total de 450 peças, foram confeccionadas em Pinho de Riga (Pinus sylvestris), procedente da Europa. Naquela época o Brasil exportava grandes volumes de café para aquele continente, mas não havia carga de retorno para lastro que garantisse a estabilidade dos navios. A solução foi encher os porões dos navios com essa madeira, que chegava ao Brasil a custo quase zero e muitas vezes era descartada por não haver demanda. Na reforma do Museu sob a direção da Profa. Rosária, todas essas portas e janelas foram cuidadosamente restauradas; 2. todo o forro do Museu do Ipiranga foi confeccionado em madeira de estipe (tronco) maduro de palmeira juçara (Euterpe edulis) e se manteve intacto até hoje, após 130 anos de instalação. Portanto, não é por acaso que um dos nomes populares da palmeira juçara é “ripa”, pois a seu estipe era desdobrado em ripas e utilizado para suportar telhas ou sapés que cobriam as casas. Assim, o Museu Paulista não representa apenas a história do Brasil pelo seu acervo, mas o próprio prédio conta a história do nosso País, muitas vezes escondido nos forros. Contribuição do Engo Agro Silvicultor Guenji Yamazoe, membro do Conselho Deliberativo da SBS, ex-Diretor Geral do Instituto Florestal/SP, ex-Presidente e atual Conselheiro da ABJICA.