BOSQUE DA DIVERSIDADE
Um presente para cidade de São Paulo

Governador Geraldo Alckmin planta Palmeira Jericó em 2004

O Bosque da Diversidade, localizado no Parque Ecológico do Tietê, teve sua instalação iniciada em 2004, durante as comemorações dos 450 anos da fundação da cidade de São Paulo. Ele possui grande variedade de espécies de árvores plantadas, simbolizando a participação de numerosas comunidades que compõem a cidade, a biodiversidade da Mata Atlântica e o caráter cosmopolita de São Paulo.

O Bosque da Diversidade é um projeto conjunto da ABJICA – Associação dos Bolsistas da Japan International Cooperation Agency e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) da Secretaria de Energia e Saneamento, com apoio do Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente e da JICA.

A implantação e a manutenção do Bosque da Diversidade vêm sendo viabilizada mediante adesão de R$ 100,00 por árvore, tanto para pessoas físicas como jurídicas, para cobrir despesas de preparo do solo, aquisição de mudas, plantio, replantio, adubação e manutenção durante 5 anos.

Árvore plantada por Alckmin, após 8 anos (abril/2012)

O plantio do Bosque foi encerrado em 2008, quando totalizou 2700 mudas plantadas, compreendendo 68 espécies (lista abaixo). A manutenção dos plantios mais antigos (2004-2006) estão sob responsabilidade da Administração do Parque Ecológico do Tietê e os mais novos (2007-2008) estão ainda sob cuidados da ABJICA.

A instalação do Bosque da Diversidade contou com a adesão das seguintes comunidades, além da brasileira: japonesa, portuguesa, alemã, espanhola, italiana, israelita, sírio-libanesa, armênia, tcheca, húngara e búlgara.

O Parque Ecológico do Tietê fica do lado esquerdo da Rodovia Ayrton Senna, nas margens do rio Tietê. Era uma área bastante degradada antes da implantação do Bosque da Diversidade. Na época da seca, o fogo se alastrava e a fumaça intensa chegava a dificultar o trânsito de veículos na Rodovia. Havia cerca de 150 cabeças de gado, livres na área, e uma das maiores preocupações era de evitar o dano dos animais no plantio. O acesso com veículo ao local era feito unicamente por sob a ponte do rio Tietê. Com o início do plantio do Bosque, a estrada que beira a marginal da Rodovia foi ampliada e restaurada e o gado foi retirado.

Placas das 9 comunidades que aderiram ao projeto

Dada sua localização, é frequente a inundação, e mesmo as espécies consideradas mais resistentes a essas condições, como ipê-do-brejo, cedro-do-brejo e pinha-do-brejo, têm apresentado baixa sobrevivência. Na época das chuvas de 2009-2010, maior parte da área permaneceu literalmente debaixo d’água durante 4 meses, tendo ocorrido mortes de grande número de árvores, especialmente ipê-amarelo e pau-cigarra, estas com 4-5 metros de altura. As falhas decorrentes não foram replantadas devido a dificuldade de sua manutenção pontual. Também existem manchas de solos pouco permeáveis, aliado ao problema de inundações, torna o plantio de árvores inviável.

O que vem se constatando agora é a ocorrência de regeneração natural de algumas espécies, como a quaresmeira. Esse mecanismo, desde que convenientemente manejado, propiciará o paulatino repovoamento das clareiras com espécies apropriadas.

O Bosque da Diversidade caracterizou-se pelo seu pioneirismo, pois outros plantios surgiram como o Bosque da Amizade Brasil-Japão, em comemoração ao centenário da imigração japonesa no Brasil; os de compensação ambiental do DERSA, referentes às obras das Marginais do Tietê; e de outros Termos de Ajustes de Conduta (TAC).

A expectativa é de que o Bosque da Diversidade seja útil como área de lazer, recreação, instrumento para programas de educação ambiental e também como laboratório a céu aberto para pesquisas.

 

Guenji Yamazoe – Coordenador do Bosque da Diversidade